Anjos que me seguem....

domingo, 9 de outubro de 2011

Maus-tratos na infância dobra o risco de depressão,,,


Pessoas que sofreram maus-tratos na infância apresentam probabilidade duas vezes maior de sofrer acessos de depressão persistente do que aquelas que tiveram uma infância emocionalmente segura, indica uma metanálise publicada on-line pelo American Journal of Psychiatry. E tais pessoas também apresentam possibilidade 43% maior de responder mal ao tratamento, conforme o estudo.
Os resultados mantêm-se independentemente de sexo e idade em que os maus-tratos começaram, afirmou o autor principal, Andrea Danese, do Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres. Os achados baseiam-se em uma metanálise combinada de 16 estudos epidemiológicos e 10 ensaios clínicos, sendo os maus-tratos definidos como abuso físico ou sexual, negligência e conflito ou violência familiar.

Os dados epidemiológicos demonstraram que os maus-tratos na infância estavam associados a mais do que o dobro de risco de episódios recorrentes e persistentes de depressão (razão de chance de 2,27). Os dados dos ensaios clínicos indicaram que os maus-tratos estavam associados a uma má resposta tanto para tratamento psicoterapêutico quanto para tratamento farmacológico ou uma combinação destes (razão de chance de 1,43).

Danese explicou: “Nossos achados mostraram que pessoas com um histórico de maus-tratos não podem ser adequadamente tratadas com tratamento combinado”. Pesquisas publicadas apontam que a prevalência de depressão em 12 meses é de 10% a 17%, ao passo que a prevalência por toda a vida varia de 17% a 40%, declarou o médico.

“Se pudermos identificar as pessoas maltratadas na infância precocemente, conseguiremos prevenir um grande fardo à saúde pública”, disse ele, enfatizando as consequências pessoais, ocupacionais e sociais da depressão a longo prazo. “Os médicos deveriam avaliar rotineiramente os pacientes deprimidos com relação a maus-tratos infantis”, acrescentou.

Seu coautor, Rudolf Uher, declarou: “Essa é uma doença que tem muitos desfechos diferentes. Prescrevemos o mesmo tratamento a pessoas com o mesmo diagnóstico. Ainda assim, algumas melhoram rapidamente e se recuperam completamente; outras continuam doentes a despeito do tratamento prescrito”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...