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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caso Pedrinho: família de bebê usa a internet em busca de doador de medula


Há quatro meses do Dia das Crianças, em 17 de junho, a vida de uma mãe de 21 anos mudava completamente. Seu filho, com 1 ano à época, foi diagnosticado com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA). E Júlia Ingrid Ribeiro da Silva viu-se "no chão". Na internet, um hábito antigo, ela encontrou espaço para relatar o drama vivido pela família, que se espalhou pela rede, na qual ela narrou a rotina de quimioterapias e internações do garoto, e assim, quem sabe, poderia conseguir o doador de medula compatível com Pedro, mudando o futuro do bebê.Sua atuação na rede se dá através doCasa de Pedro, no Facebook (Amigos de Pedro) e no Twitter, propagando as hashtags #sospedrinho, #casadopedro, e #doemedula. Até o momento, desde que o blog entrou em operação no dia 2 de setembro, Júlia levou mais de 340 pessoas ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) e outros homocentros, onde verificaram compatibilidade de medula com seu filho. Solidários, artistas como Tom Cavalcante e Giovanna Antonelli retwittam suas mensagens constantemente. Há 30 dias, seu perfil na rede de microblogs tinha 50 seguidores. Hoje, são mais de 3 mil.

“Quando soubemos que o Pedro precisaria de um doador de medula, e que o meu esposo e eu não éramos doadores compatíveis, decidi criar o Casa de Pedro”, lembra Júlia. “Minha ideia é inserir nas pessoas a necessidade de fazer o cadastro. É muito difícil encontrar um doador, e estou sentindo isso na pele. Quero ajudar o meu Pedrinho, e salvar outros tantos que precisam de uma doação”.

Durante o tratamento do filho, que passa por sessões de quimioterapia e está internado, desde o último domingo, no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IOOMG)por apresentar queda acentuada de plaquetas, Júlia encontra o apoio psicológico, e algumas vezes material, em seus leitores e seguidores na internet.“Cada post representa um desabafo, um peso que sai das minhas costas. Saber das muitas histórias iguais a minha me ajuda”, afirmou. “Houve, também, um leitor anônimo que enviou um cateter que o Pedro precisava implantar, mas o hospital não dispunha. Até cadeira de segurança para andar no carro eu já ganhei. Sem falar nos presentes e brinquedos que estão chegando, com a proximidade do Dia das Crianças”.

Apesar da pouca idade de Pedro, Júlia conta que o garoto tem gostado de ver sua imagem reproduzida no computador.

“Basta aparecer uma câmera que ele faz posse para fotos”, diverte-se. “Se alguém deixa um celular por perto, ele pega, vira pra ele, e pensa estar tirando fotos de si mesmo”.

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