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sábado, 19 de maio de 2012
I Encontro Doação e Transplantes discute parcerias
Com o objetivo de discutir a ampliação do processo de doação e transplante de órgãos, está sendo realizado nos dias 18 e 19 de maio, no Riverside Farol Hotel, o ‘I Encontro Alagoas, Bahia e Sergipe em Doação e Transplantes’. A ação que teve como público-alvo, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais de áreas afins é de iniciativa das secretarias de saúde dos três estados.
O coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, explica que a parceria tem como finalidade buscar benefícios para estas regiões. “Queremos conhecer as dificuldades e discutir problemas comuns entre os estados. É uma forma de apoiar a melhoria da saúde e estimular o programa de transplante local”, conta.
Durante o evento, os participantes puderam assistir às palestras e participar de cursos. Na apresentação de abertura, Cíntia Melgaço ministrou as palestras que abordaram temas relacionados à coordenadoria do Sistema Nacional de Transplante sobre Doação e Transplante no Brasil/Nordeste e Novas portarias do SNT.
Antônio Alves Júnior, médico da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO Sergipe), destaca que é preciso aprimorar o trabalho de conscientização sobre a doação e transplantes de órgãos. “Através desta troca de experiências, vamos debater à respeito de soluções aplicadas em outros estados e que podem ser úteis em nossa cidade. Ainda enfrentamos um grande problema com relação à doação de órgãos, pois as pessoas não fazem ideia dos reais benefícios. Assim como um transplante melhora a vida de outra pessoa, ele pode também salvar uma vida”, esclarece.
Temas
Diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos, aspectos éticos e legais da doação e do transplante, política de transplantes nos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, critérios de alocação em lista de transplantes, transplante de pele e critérios de aceitação de tecidos também são alguns temas do encontro.
Doação
O primeiro passo para a busca de órgãos, é a identificação do doador. Ele será reconhecido após a constatação da morte encefálica (morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas). Caso a família autorize, o órgão será encaminhado para transplante. “É importante que as pessoas manifestem para seus familiares o desejo de ser doador, pois quanto mais esclarecida a família estiver, mais fácil será o processo de doação”, ressalta Benito Fernandez.
O paciente que necessita da doação é inscrito no sistema de Gerenciamento da Central Transplante. Ele recebe um pré-tratamento enquanto aguarda na fila de espera pela doação. De acordo com Benito Fernandez, a depender do caso, a espera pode variar de poucos meses à 10 anos.
O médico Antônio Alves Júnior explica a procedência da maior parte das doações. “Pelo fato de receber a maior parte dos traumas, a Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) ainda é o maior fornecedor de doações. Atualmente, os hospitais particulares também estão mobilizados e contribuem para nesta causa”, comenta.
Conscientização
Para mobilizar a população para a importância da doação de órgãos, a OPO-SE desenvolve os projetos ‘Dando que se recebe’ e ‘Educar para doar’. O primeiro é desenvolvido é igrejas, empresas, associações de moradores e postos de saúde. Já o segundo, é desenvolvido em diversas unidades de ensino do estado.
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