Depois de semanas dominadas por filmes de super-heróis e desenhos animados, voltamos ao mundo real. As novidades são "Novo Despertar", um filme onde Mel Gibson é um sujeito tão deprimido que só se comunica através de um bicho de pelúcia. A direção é da atriz Jodie Foster, que também atua no filme. Quem preferir uma coisa mais dramática pode ver o novo filme do diretor Peter Weir. "O Caminho da Liberdade", com Ed Harris e Colin Farrel. É a história de um grupo de prisioneiros que foge de um campo de concentração na Rússia e atravessa 5 mil quilômetros a pé até chegar na Índia.
Jodie Foster já tinha atuando com Mel Gibson em "Maverick", filme de 1994, feito no rastro do sucesso do "Silêncio dos Inocentes" e "Mentes que Brilham". Aqui ela correu um grande risco uma vez que o turbulento senhor Gibson já arruinou alguns projetos devido a sua truculência na vida pública. No filme, ele é Walter Black, um executivo mentalmente perturbado que entra numa depressão profunda. Ele só consegue se comunicar através de um castor de pelúcia e passa a levar o bicho para a mesa do jantar, para as reuniões da diretoria da firma e até para a cama, quando vai dormir com sua esposa (Jodie Foster).
Jim Carey faria uma comédia com essa história, mas Jodie Foster leva o problema a sério e o filme não foi feito para rir. Uma subtrama envolve o filho do casal que odeia o pai e está apaixonado por uma animadora de torcida (Jennifer Lawrence). Quem viu o filme no exterior, achou a história deprimente, mas elogiou a atuação de Gibson e a direção de Foster. A única coisa inacreditável é que a empresa permite que o executivo biruta continue presidindo as reuniões da diretoria, enquanto fala apenas através de um boneco de pano. Na vida real, ele receberia uma licença prolongada por colapso nervoso e os acionistas colocariam outra pessoa no lugar dele. Mas num filme da Jodie Foster tudo é possível.
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